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Um dia na vida de um Cirurgião Fetal: com Dr. André Bradley

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Lidar com o emocional de pessoas que estão vivenciando tratamentos intrauterinos é, sem dúvida, um dos maiores desafios do Cirurgião Fetal.

Embora a incidência de malformações seja alta, e as abordagens cirúrgicas estejam cada vez mais acessíveis, diagnósticos fetais são algo para o qual não somos preparados.

Assim, o médico precisa estar pronto para atuar diante dos mais diversos contextos familiares e pessoais. Prestar um atendimento acolhedor é fundamental para o sucesso dos tratamentos.

Hoje viemos contar sobre esses desafios. E mostrar um pouco dos bastidores dos momentos que antecedem as Cirurgias Fetais realizadas pelo Dr. André Bradley e seus colegas de equipe.

A preparação para uma Cirurgia Fetal

Para fazer esse texto, o Dr. André começou contando algo que considera fundamental para ser um Cirurgião Fetal: “A humildade, chave mestra para que as coisas funcionem”.

Cirurgias Fetais envolvem quadros graves, delicados e sensíveis. Mesmo com toda a técnica, conhecimento e tecnologia, as abordagens sempre oferecem riscos para o feto e para a gestante.

Por isso, se os médicos forem arrogantes, será muito difícil lidar com um caso que não deu certo. E a melhor forma de receber o sucesso é estando preparado também para o insucesso.

Antes de uma Cirurgia Fetal, a equipe médica tem a certeza de que preparou tudo o que é humanamente possível para ter êxito.

Mas, é fundamental deixar claro para os pais, que pode dar errado. Nesse sentido, deve ser inquestionável que os benefícios do tratamento superem os riscos.

Cirurgião Fetal: a caminho de um procedimento

Cirurgias Fetais podem acontecer a qualquer momento. A imprevisibilidade, que inviabiliza programações agendadas com precisão, acontece por duas razões:

Na maioria dos casos, existe um limite máximo de idade gestacional para que uma correção seja possível. Assim, a partir do diagnóstico, estamos sempre correndo contra o tempo.

Somado a isso, entraves burocráticos ligados à aprovação das cirurgias por Planos de Saúde, SUS e Hospitais tornam as liberações de procedimentos demoradas.

Por isso, quando um procedimento fetal é aprovado, a mobilização para operar deve ser orquestrada com muita agilidade. Geralmente, de um dia para o outro.

Todas as cirurgias são feitas por uma equipe multidisciplinar, formada pelo Cirurgião Pediátrico, Especialista em Medicina Fetal, Anestesiologista, Cirurgiões auxiliares e Instrumentador Cirúrgico.

O momento da Cirurgia Fetal

Minutos antes do procedimento, a equipe médica avalia a posição do feto, da placenta e faz o planejamento do local da entrada.

Dependendo dessas posições, é necessário fazer manobras de compressão manual ou alterar a forma de abordagem.

Quando tudo está favorável, é feita a sedação e a anestesia local na gestante. Em procedimentos que exigem intubação do feto, a inserção do fetoscópio é feita próxima de sua face.

É como intubar uma pessoa, mas sem poder segurar a cabeça. O local do acesso não pode ser alterado, então a precisão deve ser máxima. Nesse momento, a equipe só tem uma chance.

Por isso, é melhor investir tempo a mais para fazer considerações, do que chegar à conclusão de que o acesso está ruim.

Quando há divergência de opiniões, nenhum membro da equipe impõe uma situação, até que todos cheguem a um denominador comum.

Acesso para realização da cirurgia

Pode acontecer de uma cirurgia ser cancelada até que se tenha convicção sobre o melhor acesso ao feto. Se as dúvidas persistirem, os planos podem mudar.

Pode ocorrer, por exemplo, de o feto estar tão bem encaixado na pelve, de tal forma que é impossível acessar sua boca. Já aconteceu um cancelamento, após 4 horas de preparação, devido ao contexto de acesso inseguro.

Quando essa manobra está favorável, o foco é localizar o polo cefálico, a face do feto e atingir a boca em uma boa angulação para que o fetoscópio adentre com facilidade à laringe e na traqueia.

Procedimentos pós Cirurgia Fetal

Os dias seguintes são sempre de acompanhamento próximo da gestante e do feto, em regime de plantão. Qualquer alteração é alerta para o contato imediato da família com o Cirurgião Fetal.

Após uma cirurgia de sucesso, continua sendo importante lembrar: se der tudo certo, uma situação “muito ruim” será transformada em um caso de “mais bem tratável”.

Todo cuidado para não criar expectativas em excesso. Na maior parte dos casos, o tratamento intrauterino é apenas a primeira etapa de muitos outros cuidados especiais.

Por isso, todo o processo é guiado por um atendimento humanizado, personalizado e multiprofissional, visando cobrir todas as necessidades das pacientes.

Se você gostou desse artigo, aproveite para conhecer alguns casos reais de Cirurgias Fetais realizadas pela nossa equipe em Curitiba.