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Retardo neuropsicomotor: causas, diagnóstico e tratamentos

Retardo Neuropsicomotor

Retardo neuropsicomotor é o termo utilizado para definir uma condição em que as habilidades psicomotoras da criança não são adequadas à sua faixa-etária. Ou seja, há um atraso para o desenvolvimento de capacidades cognitivas, de socialização, motricidade ou comunicação, por exemplo.

Associado a diferentes causas, o retardo neuropsicomotor pode resultar de doenças genéticas ou adquiridas. Porém, também pode ser transitório.

Por isso, é muito importante o acompanhamento especializado periódico de bebês com suspeita de retardo neuropsicomotor. Até que eles atinjam a idade ideal para serem diagnosticados adequadamente.

 

Quais doenças de malformação e fatores de risco podem causar o retardo neuropsicomotor?

 
O retardo neuropsicomotor pode ser congênito, herdado de um dos pais, provocado por malformações fetais, causas ambientais ou adquiridas. As doenças genéticas que podem resultar em retardo psicomotor são causadas, principalmente, por alterações cromossômicas. Como as do cromossomo X, ou as numéricas (aneuploidia), em que há mais ou menos cromossomos do que o número normal.

 

Doenças genéticas que podem causar retardo neuropsicomotor incluem:

  • Síndrome do cromossomo X frágil: causada por mutações no gene FMR1, sigla em inglês para Fragile X Mental Retardation, que afetam o desenvolvimento de conexões entre as células do sistema nervoso (sinapses).  
  • Síndrome de Down: também chamada trissomia 21, em que o cromossomo 21 tem três cópias.
  • Síndrome de Angelman: causada pela deleção ou inativação de genes  do cromossomo 15 herdado da mãe.
  • Síndrome de Prader-Willi: quando a deleção do cromossomo 15 é paterna.

A intensidade dos sintomas manifestados pelo retardo neuropsicomotor, entretanto, varia entre as doenças.

Patologias adquiridas que afetam o sistema nervoso central também podem provocar o retardo neuropsicomotor, assim como alguns fatores de risco.

Entre eles, problemas neonatais como nascidos prematuros, com baixo peso, ou anóxia neonatal grave e moderada (falta de oxigênio ao nascer).

Além de problemas na gravidez, incluindo a nutrição materna inadequada, hábitos como alcoolismo, abuso de drogas ou medicamentos, impactos psicológicos e físicos.

Quando houver risco genético, o rastreio pode ser feito ainda durante a gestação, a partir de uma análise das células placentárias ou do líquido amniótico.

O que significa ter atraso do desenvolvimento e quais os principais sintomas?

Desde o nascimento, até os cinco anos de idade, a criança desenvolve diferentes habilidades: motoras, de comunicação e cognitivas. Ter atraso no desenvolvimento de qualquer uma delas pode ser um indicativo do retardo neuropsicomotor.

Geralmente, no primeiro ano de vida, já é possível perceber as dificuldades motoras. Ações como controlar a cabeça, rolar, arrastar, sentar, engatinhar e começar a andar, por exemplo, são comuns ao crescimento durante o período. Nessa fase, os sintomas costumam ser evidentes, e já indicam a necessidade de procurar um especialista.

Com o crescimento, outros sinais também se manifestam. As crianças com retardo neuropsicomotor normalmente têm dificuldades de comunicação. A demora em falar, formar frases, ou compreender, exemplifica o problema.

Além disso, a suspeita de retardo neuropsicomotor também pode ser confirmada quando há outras dificuldades. Como socializar, manifestar emoções ou para realizar tarefas comuns ao dia-a-dia, desde alimentação, à higienização.   

No entanto, alguns sintomas ao mesmo tempo são característicos de outras condições. Assim, para confirmar o diagnóstico, testes específicos devem ser realizados.

Caso doenças de malformação fetal não tenham sido detectadas – e tratadas – ainda durante a gestação, é importante que o diagnóstico ocorra o quanto antes.

Atualmente, a triagem neonatal, popularmente conhecida como “teste do pezinho”, é obrigatória. Ela contribui bastante para detectar algumas doenças que podem causar o retardo neuropsicomotor.

 

Existe tratamento para o retardo neuropsicomotor?

Embora o retardo neuropsicomotor não tenha cura, o tratamento ajuda a atenuar os sintomas e garantir mais qualidade de vida aos portadores.

Programas de acompanhamento e intervenção clínico-terapêutica multiprofissional, com bebês de alto risco e crianças pequenas, contribuem para melhorar o desenvolvimento.

Terapias como fonoaudiologia e ocupacional, por exemplo, são importantes para minimizar os impactos cognitivos. Além disso, acompanhamento psicológico permanente.

Quanto mais precocemente o tratamento iniciar, mais favoráveis são os resultados.  Por isso, é importante ficar atento aos sinais e procurar um especialista quando houver suspeita de retardo neuropsicomotor.

 

Qualidade de vida e socialização: o que a família e a escola podem proporcionar

Além de um ambiente familiar favorável ao crescimento da criança com retardo neuropsicomotor, é recomendável que o tratamento psicológico seja extensivo aos pais. O acompanhamento por um profissional da área de pedagogia também ajuda com o desempenho escolar.

O acolhimento nas escolas, ao mesmo tempo, é de fundamental importância para facilitar a socialização e desenvolvimento das habilidades cognitivas.

Da mesma forma que a escola também pode contribuir com o diagnóstico, a partir da observação dos domínios de desenvolvimento da criança. Em muitos casos, são as dificuldades observadas que indicam o problema.

Se você tem interesse, ou contribuições a fazer sobre o tema, que tal deixar um comentário nesse texto? Nosso Blog está sempre aberto a participações de profissionais e familiares. Até a próxima!