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Diagnóstico e tratamento de malformações no coração do feto

O desenvolvimento do coração do feto se inicia a partir do 18º dia de gestação e, assim, passa a evoluir de forma sequenciada. Ou seja, cada fase depende da formação da etapa anterior. Daí em diante, malformações no coração do feto do feto podem ocorrer por conta de pequenos defeitos que escalonadamente se tornam relevantes. 

Existe uma predisposição genética e alguns fatores de risco para alterações cardíacas, como diabetes materno, uso de drogas teratogênicas, rubéola e infecções durante a gestação. Porém, mais de 90% das malformações no coração do feto acontecem sem a presença de qualquer fator de risco. 

Elas podem ocorrer por conta de pequenos desvios, normalmente estreitamentos em válvulas de saída dos ventrículos cardíacos, que desencadeiam defeitos mais graves do desenvolvimento das câmaras cardíacas. 

Podem evoluir para um quadro grave de hidropsia (insuficiência cardíaca com inchaço generalizado) e óbito fetais. As mais comuns são estenose (estreitamento) da válvula aórtica e da válvula pulmonar.

Por isso acompanhamento médico é tão importante desde os primeiros dias de gestação. Com ele, as chances de diagnóstico precoce são muito maiores. E assim, é possível identificar o melhor momento, e tipo de tratamento mais adequado.   

Continue acompanhando este post para saber mais sobre o diagnóstico e tratamento de malformações no coração do feto.

 

Tipos de malformações no coração do feto:

  • Estenoseda Válvula Aórtica

A Válvula Aórtica é a via de saída do ventrículo esquerdo do coração, responsável por bombear o sangue para todo o corpo do bebê após o nascimento. Quando essa malformação acontece, temos o estreitamento, ou o fechamento completo da válvula. Dessa forma, o ventrículo esquerdo não se desenvolve como deveria. 

 

  • Estenose da Válvula Pulmonar

A Válvula Pulmonar é a via de saída do ventrículo direito, responsável por bombear o sangue até os pulmões do bebê, para que seja oxigenado assim que ele nascer. A estenose consiste em um estreitamento, ou oclusão nesta via, impedindo o bombeamento do sangue. Sequencialmente, acontece o refluxo de sangue para o átrio direito, e o não desenvolvimento do ventrículo direito e artéria pulmonar. 


Como são feitos os diagnósticos de malformações no coração do feto?

Quando existe a suspeita de algum problema, a partir da 12ª semana de gestação, já pode ser realizado um ecocardiograma fetal. Este exametem uma melhor acurácia a partir de 20 semanas. Com ele, podemos avaliar e detectar com qual malformação estamos lidando. Frequentemente, exames seriados também são necessários.

O ecocardiograma pode ser recomendado para pacientes com histórico de malformações cardíacas, problemas de saúde que aumentam a chance de malformações no coração do feto, ou que tiveram uma medida de translucência nucal aumentada. 

A ecocardiografia fetal possibilita a observação e avaliação do tamanho e desenvolvimento do coração do feto. Além de detalhes como velocidade do fluxo sanguíneo dentro das cavidades do músculo do coração.

Se o diagnóstico ecocardiográfico for realizado no 2º trimestre de gestação, o acompanhamento com exames seriados para acompanhar a progressão da gravidade da lesão é o que possibilita planejar o tratamento neonatal imediato, ou mesmo uma intervenção intrauterina.

 

Tratamentos intrauterinos para malformações no coração do feto

Em casos de estenoses, já existem existem alguns tipos de procedimentos que podem ser feitos ainda durante a gestação. Desde que os benefícios da abordagem intrauterina indiquem ganhos importantes para o desenvolvimento pleno do feto. 

Entre os tratamentos para esses tipos de malformações no coração do feto, destacamos as valvuloplastias aórtica, pulmonar e atriosseptostomia. Elas são feitas por punção percutânea na barriga da mãe, com introdução de balão dilatador das estruturas do coração fetal que estão estreitadas.

Valvuloplastia aórtica fetal: consiste na dilatação da válvula, viabilizando o crescimento esperado do lado esquerdo do coração. Assim, o coração poderá funcionar normalmente, com seus dois ventrículos. Além disto, a valvoplastia melhora a hidropsia fetal, reduzindo em muito as chances de óbito fetal.

Valvuloplastia pulmonar fetal: promove a abertura da valva pulmonar (aquela que sai do ventrículo direito e leva sangue para o pulmão após o nascimento). Assim, permite que ventrículo direito se desenvolva normalmente ao longo da gestação, resultando em uma circulação pós natal com dois ventrículos. Também promove melhora a regurgitação da valva tricúspide. 

Atriosseptostomia: realizada em casos selecionados de síndrome de hipoplasia do coração esquerdo, quando a passagem entre os átrios é muito pequena, ou até mesmo ausente. Busca criar um novo orifício no septo interatrial, permitindo a passagem de sangue do lado esquerdo para o lado direito.
É importante lembrar que o intervalo de tempo em que estes procedimentos podem ser realizado é relativamente curto antes que ocorram lesões irreversíveis no desenvolvimento cardíaco fetal

Sobre a Cirurgia Fetal

Além do suporte diagnóstico e terapêutico fetal, realizamos um acompanhamento multiprofissional, desde o diagnóstico, até a indicação de uma Cirurgia Fetal, se estendendo no tratamento após o nascimento. 

Dispomos também de suporte neonatal em sala de parto, puericultura de alto risco, Cirurgia Pediátrica e Uropediatria, proporcionando uma assistência sem rupturas entre o pré e pós natal. Clique aqui para saber mais ou entrar em contato com os nossos especialistas.