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EXIT – Procedimento Intraparto Extrauterino: conheça os benefícios em casos de malformações fetais

Diagnósticos pré-natais de malformações em partes da cabeça ou no pescoço do feto podem apontar riscos de obstrução das vias aéreas. Infelizmente, em casos assim, existem riscos perinatais fatais. Nestes cenários, medidas como o EXIT – Procedimento Intraparto Extrauterino contribuem para manter a circulação feto placentária até que as vias aéreas do feto estejam livres.  

A democratização dos exames ultrassonográficos tem sido fundamental para diagnosticar, de forma precoce, malformações dessa natureza. Havendo a necessidade, é possível associar também a ressonância magnética. E assim, avaliar em detalhes as dimensões das áreas afetadas e os impactos nas vias aéreas. Assim, ao longo do pré-natal, poderemos estudar quais serão as abordagens mais efetivas. Seja com procedimentos intrauterinos, durante a gestação, ou logo no nascimento.

O Procedimento Intraparto Extrauterino é indicado quando alguma intervenção de desobstrução das vias aéreas será realizada no momento do parto. Como, por exemplo, Broncoscopias, Intubações Orotraqueais, Laringoscopias diretas, Traqueostomias ou outros procedimentos cirúrgicos. O procedimento EXIT auxilia no sucesso dessas intervenções na medida em que protege a integridade do cordão umbilical, mantendo a oxigenação pelo sangue que vem da placenta, até que a respiração seja possível.

O que é o EXIT – Procedimento Intraparto Extrauterino e como é realizado

O Procedimento Intraparto Extrauterino consiste em uma técnica de extração parcial do feto, por via abdominal. Inicialmente, foi desenvolvido para a realização da Oclusão Traqueal Fetal, em tratamentos intrauterinos de Hérnia Diafragmática Congênita. Mas na medida em que a Medicina Fetal evolui, o procedimento EXIT vem sendo indicado também em outros tipos de intervenções. Especialmente no final da gestação, quando a prematuridade não é considerada uma contraindicação.

A ampliação de sua aplicação vem aumentando. Especialmente em função do controle do tônus uterino, por meio de ação anestésica na gestante e no feto. A anestesia materna garante o relaxamento uterino, evitando o descolamento da placenta, assim como a manutenção da pressão arterial. Já a anestesia do feto, visa a imobilidade necessária para a realização segura do Procedimento Intraparto Extrauterino, e também dos outros procedimentos de desobstrução planejados.

A técnica anestésica materna, durante o procedimento EXIT, é diferente da utilizada em uma cesariana normal. Pode ser definida, por exemplo, uma anestesia geral balanceada, com colocação de cateter epidural para analgesia pós-operatória.

Já a anestesia do feto, normalmente acontece de forma natural, por meio da transferência transplacetária dos anestésicos administrados na gestante. Quando isso não ocorre, pode ser realizada uma anestesia complementar, diretamente no feto, seja de forma intramuscular ou endovenosa.

Uma vez que ambos estejam anestesiados e estáveis, a cabeça e os membros superiores são exteriorizados. O volume uterino e a circulação fetoplacentária são preservados. Em seguida, os procedimentos de desobstruções aéreas planejados podem ser realizados em segurança. Ao final, o corte do cordão umbilical é realizado.  

Quando o Procedimento Intraparto Extrauterino pode ser indicado?

A indicação deverá ser realizada por meio do consenso de uma equipe multidisciplinar, capaz de avaliar as melhores intervenções em cada caso. Entre os profissionais envolvidos, devem estar presentes Cirurgiões Pediátricos, Obstetras, Anestesiologistas e Neonatologistas. Geralmente, o procedimento EXIT é programado da 35ª semana em diante. Mas, em algumas situações, pode ser antecipado.

A decisão pela realização de um Procedimento Intraparto Extrauterino será realizada quando existirem indícios suficientes de que, após o rompimento do cordão umbilical, o bebê não sobreviverá. Dentre as malformações mais graves, que podem levar ao bloqueio do ar, estão os grandes Tumores Cervicais, como Higroma Cístico, Linfangiomas, Tumores de Língua (Epignatus), Atresias de Laringe ou Traquéia.

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