Também conhecidas como malformações congênitas, as doenças de malformação fetal são anormalidades morfológicas identificadas ainda durante a gravidez que podem afetar órgãos ou a outras partes do corpo do feto.
Elas ocorrem devido a processos anormais de desenvolvimento. Hoje, uma vez identificadas no período gestacional certo, já podem ser tratadas de forma intrauterina com grandes chances de sucesso.
A evolução da Medicina Fetal tem tornado possível minimizar os males físicos e mentais que podem acometer as pessoas com doenças de malformação fetal. E assim, melhorar a qualidade de vida de toda família.
Diagnosticando doenças de malformação fetal
A chance de diagnosticar as doenças de malformação fetal foi largamente ampliada com o uso de ultrassom. Atualmente, seu uso correto possibilita detectar de 70 a 80% das malformações estruturais ou anatômicas – em tempo hábil para recorrer a tratamentos.
Esse percentual depende especialmente de acuidade diagnóstica. A experiência do profissional à frente do ultrassom, assim como a qualidade do aparelho utilizado, têm influência direta em diagnósticos ultrassonográficos.
Assim como a ultrassonografia periódica, outro rescuso importante é a Amniocentese. Durante este exame extraímos amostras do fluido que envolve o feto. Desse modo, é possível verificar o número e a morfologia dos cromossomos por meio da análise das células.
Em casos de diagnósticos genéticos, geralmente partirmos de um marcador ultrassonográfico para apontar o estudo cariotípico. Isso porque algumas doenças de malformação fetal estruturais, detectadas por imagens, podem estar associadas à doenças cromossômicas.
Há apenas 30 anos, a Medicina Fetal ainda não existia. O útero e a vida fetal eram um mundo desconhecido. Mas toda essa tecnologia, que associa ultrassom e genética, tem revolucionado o diagnóstico de inúmeras patologias.
Os tipos mais comuns de malformação fetal passíveis de tratamentos intrauterinos
São muitos os tipos de doenças de malformação fetal já identificados pela medicina. Para alguns casos, mais raros, ainda não é possível realizar intervenções. Mas várias patologias já podem ser tratadas ainda na gestação. São elas:
Mielomeningocele
Síndrome da Transfusão Feto-Fetal
Hérnia Diafragmática Congênita
Derrame Pleural Fetal
Anemia Fetal
Brida Amniótica
Malformação Adenomatóide Cística
Sequestro Pulmonar
Válvula de Uretra Posterior
Malformações Cardíacas
Sequência TRAP
Teratoma Sacrococcígeo
Restrição de Crescimento Seletiva
Massas ou Tumores Cervicais
No site da Cirurgia Fetal, é possível ler detalhes sobre cada uma dessas doenças de malformação fetal, conhecendo suas definições, métodos de diagnóstico e possíveis procedimentos indicados.
Tratamentos possíveis para doenças de malformação fetal
A evolução da Medicina Fetal tem apresentado ótimos novos caminhos diante de patologias. Vale ressaltar que as capacidades terapêuticas de nossos profissionais são consequência de uma mudança mundial do manejo obstétrico.
Hoje, já contamos com procedimentos, tratamentos intrauterinos e cirurgias fetais. Todos maduros o suficiente para serem propostos com segurança. Entretanto, geralmente as doenças passíveis de abordagem intrauterina têm época certa para acontecer.
É importante ressaltar que, caso o momento certo passe, usualmente não existem benefícios que superem os riscos ao feto. Por isso, o diagnóstico precoce de doenças de malformação fetal é o que configura as melhores chances para tratamentos e intervenções.
Além disso, a terapia fetal pode clínica ou cirúrgica. A clínica pode abordar um aspecto preventivo, como o uso do ácido fólico, ou tratamentos com corticoide para alguns tipos de malformações císticas pulmonares fetais.
A cirúrgica aborda diretamente o feto, podendo ser percutâneas, endoscópicas ou a céu aberto. Também podem ser necessárias punções, drenagens e derivações intrauterinas.
Realizar cirurgias no útero pode sim melhorar expressivamente a qualidade de vida de crianças diagnosticadas com doenças de malformação fetal. Mas o tratamento de um feto de alto risco precisa envolver equipes interdisciplinares preparadas. Capazes de garantir segurança para a mãe e para o neonato.
Conclusões sobre tratamentos de diferentes malformações fetais
A Medicina Fetal não é uma área de estudo restrita a uma única especialidade médica. Ela recebe colaborações de diversas expertises, como a obstetrícia, genética, cirurgia pediátrica, hematologia, neonatologia, e de muitas outras.
Se você tem interesse por essa área do conhecimento, ou conhece outras pessoas que tenham, não deixe de assinar a Newsletter da Cirurgia Fetal. Serão enviados conteúdos exclusivos direto no e-mail cadastrado .
Quer saber mais? Entre em contato!