Generic selectors
Exact matches only
Search in title
Search in content
Post Type Selectors
page
post
Entre em contato pelo Telefone(41) 2626-1106 Entre em contato pelo WhatsApp(41) 98787-7369

Condições genéticas da Hérnia Diafragmática Congênita (HDC)

HDC - Hérnia Diafragmática Congênita

HDC – Hérnia Diafragmática Congênita, corresponde à malformação do diafragma do feto, que não fecha corretamente, fazendo com que os órgãos abdominais, como estômago, intestino e fígado, se desloquem para o tórax e atrapalhem o crescimento dos pulmões. 

Diagnosticada em cerca de 1 em cada 2.500 nascidos vivos é, portanto, uma das malformações fetais mais comuns. Além disso, tem como uma das principais consequências temos a hipoplasia pulmonar – quando os pulmões ficam menores do que o normal; e hipertensão pulmonar.  

Entretanto, as causas da HDC ainda não são completamente conhecidas, assim como de grande parte das doenças congênitas. No entanto, segundo o Children’s Hospital of Philadelphia, é possível afirmar que existem algumas condições genéticas relacionadas à doença.  

 

HDC isolada ou sindrômica

A malformação pode ocorrer de duas formas. Então, antes de entender as contribuições genéticas para a HDC, vale a pena esclarecer cada uma: 

 

Isolada:

É quando não há relação com outras alterações na organização estrutural do feto ou doenças genéticas. Ou seja, a doença se manifesta de modo isolado. Acontece em aproximadamente 60% dos casos.  

Apesar dos grandes avanços de diagnóstico, não há registros de um único gene para  HDC – Hérnia Diafragmática Congênita isolada. Sendo assim, é provável que a causa da doença seja relacionada a genes reguladores, microRNAs ou outros elementos que contribuam para a expressão gênica da formação do diafragma.  

 

Sindrômica:

Ocorre devido a distúrbios cromossômicos (variantes do número de cópias e de sequência) ou como parte de alguma síndrome conhecida. Corresponde a 30% dos casos de HDC. 

Assim, as doenças em que é mais comum relacionar a Hérnia Diafragmática Congênita como causa ou consequência são: 

  • Síndrome de Pallister-Killian (SPK)

Conhecida como Aneuploidia em Mosaico de Pallister ou Tetrassomia 12p em Mosaico, esta síndrome é proveniente da presença do isocromossomo 12p extranumerário em mosaico. 

Apesar de acarretar alterações importantes do desenvolvimento neuropsicomotor, a gravidade e intensidade de seus sinais são particulares a cada paciente.

  • Síndrome de Fryns 

Chamada também de atraso mental ligado ao X com hábito marfanóide, esta é a deficiência intelectual ligada ao cromossomo X (XLMR). 

Além de se relacionar com a HDC, esta síndrome está associada a estatura alta marfanóide, dismorfismo facial distinto. Além disso, são constatados problemas comportamentais.

  • Síndrome de Wolf-Hirschhorn

Doença genética que atinge o cromossomo 4 e tem como principais consequências o impacto nas características da face e o desenvolvimento intelectual. 

  • Síndrome de Cornelia de Lange (CdLS)

Uma doença genética em que até o momento foram detectadas alterações em cinco genes responsáveis por anomalias e malformações.  

Contudo, é causada por mutações em genes com uma função estrutural ou reguladora no complexo de coesão.

  • Síndrome Craniofrontal Nasal ou Displasia Frontonasal (DFN)

Malformação que impacta no desenvolvimento da região frontal da face, como olhos e nariz.  

  • Síndrome de Donnai-Barrow

Doença hereditária rara com mutações no gene LRP2. Impacta em várias partes do organismo e provoca traços faciais incomuns. 

É considerada rara, pois afeta menos de 50 indivíduos em todo o mundo. 

  • Síndrome de Simpson-Golabi-Behmel (SSGB)

É uma doença hereditária ligada ao cromossomo X, mais especificamente às mutações no gene GPC3. Dessa forma, causa diversos impactos no desenvolvimento congênito.  

  • Síndrome CHARGE

Representa uma associação de anomalias genéticas. O nome indica um acrônimo para malformações congênitas – coloboma do olho; problemas cardíacos; atresia das coanas nasais; retardo no desenvolvimento; anomalias genitais, urinárias, na orelha e surdez.  

Manifesta-se aproximadamente em 1 a cada 8.500 ou 10.000 indivíduos em todo o mundo e possui herança autossômica dominante. Ou seja, a doença aparece em todas as gerações de uma família.

  • Síndrome de Denys-Drash

Resultante de uma mutação no gene supressor TWI localizado no cromossomo 11 p 13. Provoca nefroblastoma, insuficiência renal progressiva e pseudo-hermafroditismo masculino. 

  • Síndrome de Apert

Conhecida como Acrocefalossindactilia, é uma doença rara caracterizada por malformações na face, crânio, mãos e pés. 

Ao se desenvolver, ainda no útero da mãe, o bebê possui mais ossos do que um adulto costuma ter. Desse modo, depois do nascimento, os ossos se fundem e ficam mais endurecidos conforme o desenvolvimento acontece.

  • Síndrome de Beckwith-Wiedemann (BWS)

Uma anomalia rara que impacta no padrão de desenvolvimento de alguns órgãos do feto, causando sobrecrescimento, predisposição tumoral. 

  • Síndrome de deleção 22q11.2

Também conhecida como Síndrome DiGeorge, é um distúrbio cromossômico causado pela falta da informação genética no cromossomo 22.  

 

Estudo para alcançar as causas ainda não encontradas

Os esforços para entender as causas exatas da Hérnia Diafragmática Congênita são muitos.

A exemplo do Children’s Hospital of Philadelphia, onde são tratadas cerca de 50 crianças com Hérnia Diafragmática Congênita por ano.

Ou seja, o hospital se encontra em uma posição privilegiada para analisar as causas da HDC, a fim de promover tratamentos ainda mais eficazes.  

Sendo assim, a partir dos subsídios da Fore Hadley Foundationo Roberts Individualized Medical Genetics Center (RIMGC) e o Center for Fetal Diagnosis and Treatment (CFDT) estão trabalhando em colaboração para estudar as etiologias genéticas subjacentes dessa malformação fetal e classificar suas causas. 

Desse modo, o estudo criará um banco de dados de amostras clínicas de fetos e bebês com HDC – Hérnia Diafragmática Congênita para desenvolver testes inovadores, como genoma completo e sequenciamento de RNA. Com isso, a expectativa é que os resultados possam ajudar a melhorar as condições de diagnóstico, tratamento e acompanhamento das famílias com casos de HDC.   

 

Tratamento de HDC pela equipe da Cirurgia Fetal 

Nos casos graves, onde as chances de sobrevida são baixas, é indicada a Cirurgia de Oclusão Traqueal Fetal, com um balão inserido por fetoscopia, para ajudar a expandir o pulmão comprimido e melhorar a hipoplasia pulmonar.  

Para saber mais sobre o procedimento de tratamento para HDC ou conhecer os cases realizados pela nossa equipe, acesse o site da Cirurgia Fetal ou clique aqui e entre em contato conosco.