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Como evitar a identificação tardia de malformação fetal

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Malformações fetais são um grande desafio, tanto para pais quanto para os obstetras. O tempo é curto para as muitas necessidades que um diagnóstico como este pode trazer. Somado a isso, quanto mais precoce for a descoberta, maiores as chances de tratamento. Falaremos aqui sobre como evitar a identificação tardia de malformação fetal.

A incidência de determinadas malformações fetais é relativamente baixa. Sendo assim, dependendo da região onde atuam, muitos obstetras atravessam toda a vida profissional sem se deparar com um caso. Por isso, ter acesso a uma rede de profissionais com atuação direcionada para a Medicina Fetal fará toda a diferença. 

Agilidade é sempre o fator de maior peso na análise de um caso de malformação. Hoje, existem tratamentos possíveis para alguns tipos de doenças congênitas, que podem ser realizados ainda durante o desenvolvimento fetal. Isso significa que o feto poderá, muitas vezes, se desenvolver livre de uma anomalia ou com menos sequela. E assim, nascer mais saudável.  

 

Acompanhamento pré-natal rigoroso para evitar a identificação tardia de malformação fetal

O seguimento pré-natal é fundamental para a prevenção e detecção precoce de patologias, maternas e fetais. Sejam doenças que já estavam presentes no organismo da gestante, ou características fora dos padrões no desenvolvimento do feto. 

O acompanhamento pré-natal é um direito garantido por lei, que inclui exames, consultas e orientações. Logo na primeira consulta, são pesquisadas patologias específicas e fatores de risco que possam alterar a evolução da gravidez. 

Para isso, são realizados a história clínica e exame físico da gestante, e solicitados exames complementares. Entre eles, Hemograma, Glicemia, parcial de urina, VDRL, Sorologias e a Ecografia Transvaginal, quando a idade gestacional for menor que 12 semanas. 

Este protocolo inicial continua sendo o principal instrumento para evitar a identificação tardia de malformação fetal. Já nas primeiras semanas, caso haja alguma alteração, o alerta precisa ser estabelecido. 

 

Protocolos para garantir a identificação precoce de malformação fetal

Em casos de suspeitas de anomalias, o ideal é já programar uma Ecografia Morfológica de 1º trimestre entre 11 e 13 semanas. Ela poderá ser feita por via abdominal, mas a via transvaginal resulta em imagens melhores. O objetivo primário será medir a translucência nucal. Se estiver alterada, poderá apontar uma síndrome genética.

Além de avaliar este risco, o exame permitirá identificar fetos com maior probabilidade de malformações cardíacas, além de outras anomalias graves que já apresentem sinais neste momento. Nestes casos, outros marcadores também poderão medidos, como o fluxo do ducto venoso e das artérias uterinas. 

Em alguns casos, a Ecografia Morfológica será complementada por uma Tomografia Computadorizada, a fim de medir a circunferência craniana do feto. E na 16ª semana, pode também ser solicitado o teste da Alfafetoproteína materna, que possibilita detectar falhas no desenvolvimento do cérebro ou na medula espinhal.

Todos estes procedimentos poderão ser indicados ainda no 1º trimestre da gestação. Afinal, em casos de doenças congênitas, a identificação tardia de malformação fetal pode implicar em mau prognóstico. Ou privar o feto de receber a atenção médica que poderia ter sido concedida, e que resultaria em melhor qualidade de vida .  

 

Exames genéticos para investigar a origem da malformação fetal

Havendo sinais de malformação fetal, exames genéticos poderão ser indicados para pesquisar alterações desta natureza. Como o cariótipo fetal, realizado por meio de testes invasivos, como a Amniocentese e a Biópsia de vilo coriônico. 

Entretanto, estes testes têm um risco de perda da gestação, de cerca de 1%. A recomendação é que sejam realizados apenas para as pacientes que possuem o risco individualizado maior que 1 em 300. E caberá aos pais a decisão de realizá-los.

Os exames genéticos são fundamentais para investigar se uma malformação fetal está associada a alguma alteração cromossômica. Se este for o caso,  possivelmente, a intervenção intrauterina não será indicada. 

 

Riscos da identificação tardia de malformação fetal

Algumas doenças fetais, quando identificadas em suas fases iniciais, e não estão relacionadas a alterações cromossômicas, já podem receber tratamento intrauterino. Em geral, quanto maior o tempo de evolução da doença, menores os ganhos de uma Cirurgia Fetal. 

Assim, o maior risco da identificação tardia de malformação fetal é o fato de que muitas vezes não haverá ganhos que justifiquem os riscos de uma intervenção intrauterina. E, dessa forma, o protocolo será estudar o tratamento possível após o nascimento. 

A ultrassonografia continua sendo o grande instrumento de diagnóstico para garantir a  identificação precoce de malformações fetais. Por meio dela é possível detectar hidropisias, hidrocefalias, obstruções do trato urinário ou intestinal, anomalias cardíacas e na parede abdominal, hérnia diafragmática, mielomeningocele, entre outras doenças.  

O Sistema Único de Saúde está preparado para identificar casos de malformações. Mas ainda não disponibiliza, em seu rol de procedimentos, o tratamento intrauterino para tratar tais doenças. Por isso, além da agilidade para confirmar o diagnóstico em tempo hábil, muitas vezes serão necessárias outras trâmites para viabilizar o tratamento do feto. 

Se você tem interesse por este tema, aproveite para ler as outras matérias disponíveis em nosso Blog. E caso não encontre o que procurava, teremos prazer em receber sugestões. Obrigado e até a próxima!