Em quais doenças é indicada:
A membrana amniótica tem propriedades importantes para que não ocorram aderências e estrangulamentos de partes do feto e do cordão umbilical. Em raras condições patológicas, podem ocorrer estas aderências (também chamadas bridas amnióticas).
Estas estruturas funcionam como um cordão fibroso, e partes do corpo do feto podem ficar presas e garroteadas, comprometendo a circulação sanguínea. Como consequência, têm-se a formação de deformidades fetais, podendo inclusive evoluir até amputações.
Como é realizada:
A cirurgia de Lise de Brida Amniótica em si consiste na lise (quebra, ruptura) destas bridas que constringem partes do feto. O procedimento é feito sob anestesia local diretamente na região que será feita a punção ou peridural + sedação materna.
Dependendo das condições técnicas locais, o feto também será anestesiado, por injeção intramuscular guiada por ecografia.
A Lise de Brida Amniótica é feita por uma cânula de 3 mm inserida por via percutânea (da pele da barriga da mão até a cavidade amniótica). Introduz-se então o fetoscópio, e um canal de trabalho, por onde se passa a fibra ótica acoplada à fonte de laser.
Sob visão fetoscópica, navega-se até a área de interesse, localiza-se a brida amniótica que está provocando a constrição de parte do corpo do feto, e dispara-se o laser para que seja seccionada.
Do ponto de vista materno, o procedimento de Lise de Brida Amniótica é minimamente invasivo. Pode ser feito em regime de hospital-dia (internamento, cirurgia e alta no mesmo dia) ou, eventualmente, alta postergada para o dia seguinte.
Como a maioria dos procedimentos fetais, uma avaliação cuidadosa e seriada por ecografia fetal é necessária no acompanhamento pós-operatório.
Embora pouco provável, pode haver a necessidade de mais de um procedimento no curso da gestação.